Temas relacionados à gestão pública estadual, como territorialidade, gestão social e participação popular, poderão ser enfoques de cursos de extensão à distância creditados pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). A viabilidade de implementar o projeto em parceria com o governo do estado foi discutida hoje (29) em reunião do secretário do Planejamento, Ronald Lobato, com representantes do Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social (CIAGS), vinculado à Escola de Administração da Ufba. Uma vez estabelecidas as parcerias e consolidado um formato adequado para a realidade baiana, a perspectiva é oferecer cursos, com duração mínima de sete meses, já em 2008.
Trata-se de um programa de educação à distância, que tem como base a edição de uma série de fascículos a serem encartados em jornal de grande circulação. A metodologia inclui também a utilização de um ambiente virtual, via Portal Gestão Social (http://www.gestaosocial.org.br), aulas presenciais e interativas, via Internet. O objetivo é a disseminação, em larga escala e de forma gratuita, de temas como participação popular, cidadania, controle social, transparência, instrumentos de gestão social, conselhos, fundos públicos, avaliação, tendo como ferramentas veículos de comunicação de massa.
Ao final do processo educacional, realiza-se uma prova de avaliação de aprendizagem e certificação universitária pela Ufba, com titulação em nível de extensão, ou seja, aberto a qualquer aluno, independente do grau de escolaridade. Segundo os professores do Programa Gestão Social da Ufba, Fernando Fischer e Rodrigo Soares, a proposta tem sido bem recebida por gestores do governo. “Já estivemos na Casa Civil e nas secretarias de Relações Institucionais, do Trabalho e de Ciência e Tecnologia, onde sentimos um grande interesse pelo projeto”, assegurou Fischer.
O secretário Ronald Lobato demonstrou interesse na parceria e sugeriu o envolvimento das universidades estaduais, que têm grande capilaridade em todo o território baiano. Segundo ele, a iniciativa parece apropriada ao plano estratégico do governo desenhado para os próximos anos e pode contribuir para a consolidação de metas.
A primeira versão do projeto foi implantada em Fortaleza (2003/2006), quando aconteceram cursos sobre Orçamento Público, Administração Pública e Gestão Eficaz, Gestão Democrática e Participação Cidadã. Resultado de parceria da Fundação Demócrito Rocha com o jornal O Povo, a iniciativa teve 20 mil inscrições, das quais 12 mil pessoas fizeram exames e receberam titulação certificada pela Universidade Estadual do Ceará. No Piauí, além da fundação e do jornal O Dia, o projeto contou com a participação da CARE Brasil, associação sem fins lucrativos, que integra a rede da CARE Internacional – formada por um conjunto de organizações com a missão de combater a pobreza.
Fonte: Site da Seplan/BA. 29/11/2007
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